segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gnomos Nacionais-Socialistas


Na Alemanha, o atual governo, condicionado desde há sessenta anos pelas forças do universalismo apátrida, ou seja, controlado pela Nova Inquisição, a da Igreja Anti-racista, tem agentes que lançaram agora um inquérito para averiguar se um jardim repleto de gnomos de pedra em saudação romana, presente numa galeria de arte em Nuremberg, constitui ou não um crime.

Isto porque a Nova Inquisição, a do Anti-racismo, tentou castrar a Alemanha ao proibir a ostentação em público de qualquer dos símbolos usado pelo regime nacional-socialista, há mais de sessenta anos - e um deles é o do braço direito erguido, também conhecido como "saudação romana", dada a sua origem radicar na antiguidade latina.

"A inquirição prossegue e as pessoas estão a ser interrogadas", diz um porta-voz da "Justiça".

A única maneira de safar o jardim dos Gnomos "nazis" é garantir que a obra tinha na realidade o objetivo de ridicularizar o Terceiro Reich.

O caso depende também do que o artista e os donos da galeria tiverem a dizer em sua própria defesa e o primeiro, igualmente de origem alemã, alega que o seu trabalho tem um sentido puramente irônico, porque quer dar uma imagem cômica da idéia da "raça dos senhores alemã".

A suprema e contra-ironia é que... nas lendas antigas, os Gnomos, embora desajeitados, são particularmente inteligentes, sábios e detentores de tesouros.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Itália Criminaliza Imigração Clandestina


O parlamento italiano aprovou, em definitivo, a lei que transforma a imigração clandestina em crime e legalizou as rondas noturnas de cidadãos comuns para prevenir a delinquência.

As novas normais legais impõem, também, castigos muito severos para autores de grafites nas paredes de edifícios urbanos e um registo obrigatório para porteiros de discotecas e mendigos encontrados a vaguear nas ruas.

Com esta lei, aprovada pelo governo de Sílvio Berlusconi, pela primeira vez um país europeu passa a considerar a imigração clandestina como um crime e não uma infração administrativa.

Devido à oposição dos médicos, o Governo de Berlusconi eliminou a alínea que obrigava à denúncia dos imigrantes clandestinos que procurem tratamento médico.

Vaticano Critica Nova Lei

A nova lei foi muito criticada pela oposição, por organizações humanitárias, pela Comissão para os Direitos Humanos do Conselho da Europa e pelo Vaticano.

O Cardeal D. António Maria Véglió, presidente do Conselho Pontifício para a Imigração, escreveu que esta é uma lei que bloqueia a esperança e vai contra a história.

Fonte: Página 1

sábado, 4 de julho de 2009

Miscigenação Diminui o QI dos Brasileiros

Cientista político americano diz que a elevada proporção de negros no País reduz o índice de inteligência nacional

O cientista político americano Charles Murray tornou-se mundialmente famoso em 1994, com o polêmico livro The bell curve, intelligence and class structure in american life (A curva do sino, inteligência e estrutura de classe na vida americana). Na obra, escrita em parceria com Richard Herrnstein, psicólogo e professor de Harvard, ele discute o papel do QI (coeficiente de inteligência) na sociedade. Segundo ele, o QI é mais eficiente para predizer como será a renda, o desempenho no trabalho e até chances de gravidez fora do casamento do que a escolaridade ou a situação socioeconômica da família quando comparam-se grupos.

Por sustentar que o QI dos brancos é mais alto que o dos negros, foi acusado de racismo e chegou a ter sua foto estampada ao lado da de Hitler. Murray acaba de lançar um livro sobre educação (Real education: four simple truths for bringing America's schools back to reality, em tradução livre Educação real: quatro simples verdades para trazer as escolas americanas para a realidade) e vem pela primeira vez ao Brasil para o seminário O Impacto dos Resultados Pisa e a Formação de Intelectuais na América Latina", organizado pelo programa de pós-graduação em psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Aos 65 anos, Murray participa do American Enterprise Institute, um centro de estudos conservador sediado em Washington.


ISTOÉ - Se as escolas públicas americanas são ruins, como o sr. diz, que soluções existem para a educação em países do Terceiro Mundo como o Brasil?

Charles Murray - Não conheço as escolas brasileiras, mas posso falar em linhas gerais: se ainda há muitas escolas brasileiras que são fracas nas coisas óbvias - instalações ruins, poucos professores, poucos equipamentos -, é fácil fazer melhorias importantes, e ver os indicadores brasileiros de educação melhorar também. Em um país como os Estados Unidos, os problemas são menos óbvios e mais difíceis de se resolver. Por exemplo, a burocracia educacional em muitas de nossas grandes cidades é incompetente. Como se dá um jeito em uma burocracia incompetente?

ISTOÉ - O sr. já foi acusado de racismo. Os brancos são mesmo mais inteligentes que os negros?

Murray - Fui acusado de racismo porque mostrei um indiscutível fato empírico: quando amostras representativas de brancos e negros são submetidas a testes que medem a habilidade cognitiva, os resultados médios são diferentes. Isto não é uma opinião. É um fato, da mesma forma que medidas de altura mostram um resultado médio diferente entre japoneses e alemães. Eu não tirei conclusões racistas deste fato, não advoguei políticas racistas, e tenho escrito explicitamente que a lei deve tratar pessoas como indivíduos e não como membros de grupos raciais. Então por que me chamar de racista? Porque alguns fatos não podem ser discutidos - e os indivíduos que os discutem devem ser pessoas terríveis.

"Se há escolas brasileiras fracas nas coisas óbvias - instalações ruins e poucos professores, é fácil fazer melhorias"

ISTOÉ - O Brasil é um país onde a miscigenação é a regra. Isso significa que o QI médio do brasileiro é inferior ao dos nórdicos, por exemplo?

Murray - É uma questão de aritmética. Se em testes o QI é sempre maior com amostras de nórdicos do que com amostras de negros, então um país com uma significativa proporção de negros terá um QI médio inferior ao de um país que consiste exclusivamente de nórdicos. Isso é verdade, por exemplo, quando comparamos os Estados Unidos com a Suécia, da mesma forma que é verdade quando comparamos o Brasil e a Suécia. A única questão é empírica: as médias são sempre diferentes? Se são, a questão está respondida por si mesma.

ISTOÉ - Especialistas defendem o QI para medir algumas habilidades, mas não como prova de inteligência para a vida. Qual a sua opinião?

Murray - Concordo. Habilidades cognitivas medidas pelos testes de QI são importantes, mas para qualquer indivíduo é apenas uma das muitas habilidades e características que determinam como a vida será.

ISTOÉ - Estar tão focado no resultado do QI não é muito determinista?

Murray - Sem dúvida. Por isso sempre escrevi que as pessoas tendem a colocar muita ênfase no QI. Saber o QI de uma pessoa diz muito pouco sobre se você a achará admirável, gostável, um bom colega de trabalho ou um bom cônjuge. O valor dos testes de QI, para um cientista social, é usá-los para prever resultados em grupos grandes. Por exemplo, se você me mostrar duas crianças de seis anos, uma com 110 de QI e outra com 90, não tenho idéia de quem estará ganhando mais quando elas estiverem com 30 anos. Mas, se você me mostrar mil crianças de seis anos com 90 de QI e mil com 110, posso dizer com muita confiança que a renda do grupo de 110 de QI aos 30 anos será mais alta na média - essa é palavra-chave, na média - do que a do grupo de 90.

ISTOÉ - Até que ponto da vida é possível aumentar o QI?

Murray - É muito difícil aumentá-lo. Nos Estados Unidos temos muitos programas experimentais com o objetivo de enriquecer o ambiente de aprendizado para crianças pequenas. Eles mostram alguns ganhos a curto prazo, mas esses ganhos sempre desaparecem quando as crianças são testadas novamente anos mais tarde. Não temos nenhum programa que demonstre aumento de QI entre crianças maiores que sete ou oito anos.

ISTOÉ - Há pesquisas que mostram que é possível aumentar a inteligência. O que o sr. pensa sobre isso?

Murray - Estou sempre disposto a examinar novas evidências. Os trabalhos que conheço não dizem isso.

ISTOÉ - O que o sr. pensa sobre outros tipos de inteligência, como inteligência emocional?

Murray - Características pessoais como autodisciplina, perseverança, empatia e bom humor são muito importantes. Também há uma qualidade essencial, que Aristóteles chamou de "sabedoria prática", que está relacionada ao QI, mas engloba uma capacidade de avaliação muito mais ampla do que a detectada em um teste.

ISTOÉ - Existem diferenças no QI de homens e mulheres?

Murray - O consenso entre especialistas é que o QI médio de homens e mulheres é igual, mas o perfil de habilidades cognitivas específicas varia de acordo com o gênero. Uma minoria sustenta que existe uma diferença na média também, mas isso é uma questão extremamente técnica. Fico com a maioria até que surjam novos dados que provem o contrário.

ISTOÉ - As ações afirmativas podem consertar erros históricos?

Murray - Nos Estados Unidos a ação afirmativa tem sido destrutiva para brancos e negros. Por que não focar toda a nossa atenção em fazer um trabalho melhor tratando indivíduos de acordo com as qualidades que eles têm enquanto indivíduos? Para mim, isso é justiça. Tratar pessoas como membros de grupos, isso é racismo na minha visão.

ISTOÉ - Dados americanos mostram que, nos últimos 30 anos, a diferença entre o QI de brancos de 12 anos e negros de 12 anos diminuiu de 15 pontos para 9,5 pontos. Isto não prova que políticas inclusivas que estimulam os jovens funcionam?

Murray - Na verdade, dados mostram que a diferença está diminuindo e dados, tão convincentes quanto, mostram que não houve nenhuma redução nos últimos 30 anos.

ISTOÉ - O que pensa sobre cotas para mulheres, na política, e para deficientes em empresas e serviço público?

Murray - Odeio cotas.

ISTOÉ - A habilidade intelectual tem a ver com a geografia: um negro americano é diferente de um negro brasileiro que é diferente de um africano?

Murray - Há muita verdade nisso. Por exemplo, nós sabemos que o QI dos negros americanos é muito maior do que o dos negros africanos e uma grande parte desta diferença tem de ser atribuída às diferenças de ambiente onde eles cresceram.

"Newton (foto) e Gauss tinham habilidades matemáticas tão grandes que nenhum teste de QI poderia medir"

ISTOÉ - Qual o peso do ambiente na inteligência?

Murray - As estimativas são de que o QI é entre 40% e 60% produzido pelo ambiente e o resto é genético.

ISTOÉ - Existem gênios que não têm QI excepcional?

Murray - Claro. Qual era o QI de Rembrandt? E de Mozart? Tenho certeza de que eles tinham um QI mais alto que a média, mas não há indícios de que era excepcional. A genialidade deles está em outras coisas. Newton e Gauss tinham habilidades matemáticas que, provavelmente, eram tão grandes que nenhum teste de QI poderia medir, assim como Shakespeare e Goethe tinham habilidades verbais excepcionais.

ISTOÉ - Há gênios no esporte?

Murray - Existem, claramente, gênios no esporte. Mas evito a palavra inteligência nesses casos, prefiro habilidade. Existe alta habilidade cognitiva e alta habilidade esportiva e elas têm muito pouca conexão entre elas.

ISTOÉ - Sem levar em conta sua opção política, quem é mais inteligente, Barack Obama ou John McCain?

Murray - Quem tem o QI mais alto certamente é Barack Obama.

ISTOÉ - O sr. deve angariar inimigos por causa de suas opiniões controversas. Como lida com isso?

Murray - Quando The bell curve foi publicado, fiquei deprimido com as críticas e preocupado em como fazer as pessoas entenderem o que eu tinha dito de fato, em vez de o que os meus inimigos disseram que eu disse. Agora, aos 65 anos, não ligo mais para o que as pessoas pensam.

ISTOÉ - Qual é o seu QI? O sr. está feliz com ele?

Murray - O sistema escolar da cidade onde eu cresci aplicava testes de QI nos estudantes aos 13 anos, e os resultados eram usados pelas escolas para guiá-las. Os estudantes nunca sabiam os resultados, por isso nunca soube qual é o meu QI. Sou feliz com minha habilidade verbal e gostaria de ter mais habilidade matemática.

Fonte: Istoé

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os Smurfs Arianos

Pierre Culliford, apelidado de “Peyo”, é o pai e criador de um dos mais bem sucedidos e populares desenhos animados da história, chamado de “Os Smurfs”. Nascido em Flandres (em 1928), filho de um inglês, Peyo cresceu em um país completamente homogêneo. Tinha 11 anos quando a II Guerra Mundial eclodiu, e 17 quando terminou. Foi, então, um dos poucos que viu a Europa antes da invasão de imigrantes que aconteceu após 1945.



Peyo desenhou os Smurfs em 1959. Ele nunca deu explicação alguma do porque colocou tantos sinais e mensagens subliminares em seus desenhos. Por que os Smurfs eram todos da mesma cor, falavam a mesma língua, professavam as mesmas tradições. Falar com a imprensa (manipulada) nunca foi muito de seu agrado, e os seus parentes e amigos contaram ao mundo, após sua morte, no ano de 1992, que Peyo não ficou feliz com a derrota da Alemanha na guerra. Eles também revelaram que Peyo era uma pessoa de crenças nacional-socialistas e afiliado à Ku Klux Klan, e que, além disto, era um grande crítico com relação à imigração em massa de estrangeiros não-brancos para a Europa. Peyo era um bom homem, honesto e gentil, um herói branco lutando de sua maneira para passar mesmo que subliminarmente as crenças nacional-socialistas adiante!


Vestes, Rituais e Suas Simbologias


Em primeiro lugar, vamos analisar as roupas usadas por seus personagens. O vilarejo é governado pelo Papai Smurf, um velho e sábio homem de chapéu vermelho que é o líder dentre os outros Smurfs de capuzes brancos. Similarmente, o líder da Ku Klux Klan, conhecido como o “Grande dragão”, usa um capuz vermelho entre os outros membros de capuzes brancos da Klan. Existem também vários episódios em que os Smurfs dançam ao redor de fogueiras, em rituais muito semelhantes aos rituais tradicionais da Ku Klux Klan. Além disso, alguns autores, como o chileno Miguel Serrano, citam que os antigos hindus pintavam os corpos de azul em seus rituais, para representar os antigos povos hiperbóreos que deram origem aos arianos. O vilarejo habitado por eles é tão pacífico, tão perfeito, tão inofensivo, tão educado, tão cultural e habitado apenas por uma raça de criaturas. É uma perfeita comunidade homogênea nacional-socialista.

A Smurf Loira
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Olhe para esta bela criação de Peyo! Há apenas uma Smurf feminina em seu vilarejo, e ela é uma típica “beleza ariana”, com seus cabelos loiros que parecem com os raios do próprio sol que o iluminam, com grandes olhos azuis da cor do mais profundo e puro oceano! Originalmente, ela foi encontrada por Gargamel (que neste caso representaria um judeu), que vendo possibilidades práticas para o seu achado, planejava usá-la como uma armadilha do mal contra os Smurfs. Mas os pacíficos e puros Smurfs junto à bondade do vilarejo sagrado transformaram Smurfete (este é seu nome) em uma boa Smurf, que se integrou perfeitamente ao vilarejo. Percebam como Peyo foi genial! Um judeu (neste caso, Gargamel) que traz uma Smurf-armadilha (representando a prostituição, indústria pornográfica, etc.) para enfraquecer e derrotar os outros Smurfs, que representam o Homem Branco.

Digam “oi” ao Ganancioso!


O personagem mais maléfico do desenho! Seu nome é Gargamel, um nome típico de judeus provenientes da Alemanha, que possui uma aparência típica do estereótipo judaico: cabelo escuro, nariz grande e dentes pontudos. Ele vive em uma casa grande, suja e velha, juntamente com seu gato, chamado por ele de Azrael (De acordo com a Torah, este é o anjo que separa a alma do corpo na hora da morte), e pratica magia (Cabala). Gargamel é representado no desenho como sendo um assassino impiedoso, um eterno inimigo dos Smurfs. Está sempre produzindo venenos e armadilhas mortais para assassiná-los, ou tentando sequestrá-los para comê-los.

Como Peyo Foi Genial!
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Em um episódio, Gargamel produz um veneno perigoso, que acidentalmente um Smurf descuidado pegou, e quando o ingeriu, adquiriu uma cor escura; não somente isso – ele se tornou violento, frio e insensível. Este Smurf envenenado se escondia na floresta e agredia seus companheiros normais. E até que os Smurfs achem uma cura para este Smurf negro, este continuará sendo violento. Olhem como Peyo foi genial! Um judeu (neste caso, representado por Gargamel), que através de um veneno (Televisão, propaganda, música degenerada), fez com que um Smurf que se tornou negro, violentasse os Smurfs normais (neste caso, pessoas brancas). Isto não nos é similar a algo?

Gargamel, a certa altura, descobre através de sua magia, uma fórmula para obter ouro, utilizando a pedra filosofal. Necessitava-se, como ingrediente, pelo menos seis Smurfs (que, neste caso, fazem o papel de seis homens brancos, honestos, que trabalham arduamente, sem que sejam devidamente recompensados), mas tendo falhado por várias vezes, a simples vingança (a vingança pelo fato do homem ariano ter-se revoltado contra o judeu e seu sistema) já era motivo suficiente para desejo de livrar-se deles!

O vilão, em um dos episódios, entrega uma moeda a um Smurf, na esperança de que ele a guarde e torne-se ganancioso (oferecendo dinheiro, materialismo, para que até o mais puro dos seres se corrompa pela ambição). O plano funciona e o Smurf torna-se ganancioso, deixando de ver impedimentos éticos, nem morais para conseguir mais moedas. Com isso, a paz e a tranqüilidade no vilarejo Smurf é abalada. Mas, no final, tudo é resolvido quando este Smurf decide dividir sua riqueza com os outros habitantes, e o vilarejo torna-se novamente um lugar de paz.

Em um outro episódio, Gargamel (novamente representando um judeu) se transforma em um pequeno ser azul, através de um encantamento (tentando mudar sua aparência ideológica), para se infiltrar no pacífico vilarejo Smurf (sendo alguns de seus principais meios, a propina, o dinheiro, e os “benefícios”), e quando finalmente entra no vilarejo, tenta escravizar os pequeninos para que estes se tornem seus servos, e que assim produzam ouro para ele, para depois os matar (através de propagandas, culpa, materialismo, escravizando o espírito do homem branco para poder dominá-lo e fazê-lo produzir riquezas em seu benefício). Mas, assim como em outros episódios, os Smurfs descobrem a farsa de Gargamel, e acabam com seus planos antes que ele conseguisse finalizá-los (o homem ariano descobre a farsa dos judeus, o “Holocausto”, a culpa, o materialismo, e acaba pondo um fim aos planos que viriam a destruí-lo).
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Qual Foi a Mensagem Que Peyo Nos Deixou?

A grande mensagem que Peyo nos deixou pode ser exemplificada, novamente, pelos próprios contos de sua genial criação: Gargamel, em algumas vezes, chegou a capturar alguns Smurfs desavisados, que estavam vagando pela floresta sozinhos, mas nunca conseguiu acabar com nenhum deles.

Desta mesma forma, algumas vezes o homem ariano desvia-se de seu caminho e acaba vagando pela obscuridade da omissão; não percebe o que faz, até o momento em que ele se sinta culpado pela gana e pelo individualismo. Só assim é capaz de compreender o quanto esses valores eram danosos não somente para si, mas para sua comunidade, quando o caminho parece irreversível, quando a luz do sol parece esvaecer-se dentre as árvores da floresta... Mas assim como os Smurfs, o homem ariano não perecerá. Ele, através de sua criatividade, de seu esforço coletivo, acabará reencontrando o caminho de volta à luz por entre uma negra floresta. Regressará, deste modo, mais sábio, sabendo agora dos perigos que o cercam.

A comunidade Smurf toma a forma de uma cooperativa, compartilhando de um ambiente agradável, baseados no princípio de que cada membro possui algo de bom e que, sendo assim, possa contribuir para a Sociedade Smurf, da maneira como puder. Em troca disto, parece que cada membro se absteve de seu individualismo pelo bem comum a toda uma comunidade.

Assim como a comunidade Smurf, a comunidade Ariana nacional-socialista se moldará também na forma de uma grande cooperativa, em que cada Ariano, sabendo de seu grande papel nesta sociedade, trabalhará naquilo em que ele/ela seja esteja mais apto para fazer, contribuindo individualmente para a coletividade. Desta forma, o homem Ariano se absterá do individualismo fútil, prezando pelo bem de seus semelhantes.

...Como Peyo foi genial!

Fonte: Revista Cultural Tholf #03

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Delícias do Multiculturalismo III

Eis mais um vídeo da nossa seção "Delícias do Multiculturalismo". O vídeo abaixo foi gravado na Hungria por um grupo de saudáveis jovens ciganos que, todos juntos, cada um à sua vez, interagem multiculturalmente em jovial brincadeira com uma moça húngara isolada, até esta ficar a sangrar.

Aproveitem, leitores, que este vídeo não será mostrado pela Globo, Record, Band, SBT ou por qualquer outro canal televisivo que representa a mídia amestrada, a menos, bem entendido, que a situação seja inversa e os "brincalhões" sejam um grupo de skinheads brancos a interagir multiculturalmente com um pobre ciganinho injustiçado.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Você Já Pensou Ou Sabia?

Você já pensou que não deixa de ser surpreendente que um regime, apontado como tão criminoso, como o Nacional-Socialismo alemão, chegou ao poder, democraticamente, como o partido mais forte de toda a história do parlamentarismo, contando no ano de sua chegada ao poder com quase 4 milhões de filiados?

Sabias que Hitler, em apenas quatro anos, deu trabalho aos seis milhões que estavam desempregados quando assumiu o governo? E que tanto o povo alemão como o austríaco votaram com mais de 90% a favor de Hitler, quando se deu a união destes dois países em 1938?

Sabias que no dia 24/3/1933, o judaísmo/sionismo declarou a guerra econômica total contra a Alemanha? Exatamente 6 anos, 5 meses e 8 dias antes de se iniciar a guerra convencional que, de acordo com o Primeiro Ministro da Inglaterra, Chamberlain, foi motivada e forçada pelos mesmos judeus?

Sabias que a II Guerra Mundial foi declarada pela Inglaterra e França à Alemanha, devido ao seu ataque à Polônia, que vinha perseguindo e tornando impossível a vida dos alemães que viviam naquele país, bem como praticando violações de fronteira? Quando, alguns dias após, a União Soviética invadiu a parte oriental da Polônia, nenhuma dessas duas nações declarou guerra à URSS.

Sabias que a cifra oficial de judeus mortos durante a II GM, certificada pela Cruz Vermelha Internacional, não é de 6 milhões, mas 300.000, e pelas mais diversas causas, como epidemias, fome, ações de guerra, bombardeios?

Sabias que no tristemente célebre julgamento/linchamento de Nuremberg, Alfred Rosenberg e Julius Streicher, filósofo e jornalista respectivamente, foram condenados à morte e enforcados, apenas pelas suas idéias?

Sabias que por ordem expressa de Hitler, as tropas alemãs pararam às portas de Dunquerque, para permitir que as tropas Britânicas escapassem de uma aniquilação total, erradamente acreditando que com esse ato, de extrema benevolência e não usual em guerras, a Inglaterra estaria em condições de aceitar uma nova proposta de Paz, para acabar como o conflito? Com a perda de todo o armamento, porém com centenas de milhares de soldados salvos, Churchill preferiu repor lentamente o armamento mas continuar a guerra, e completamente bêbado exigiu do seu povo “sangue, suor e lágrimas”, palavras transformadas pela mídia em “frase histórica e heróica”, mas que viriam custar , na continuação, a vida de milhões e milhões de pessoas. Um líder bêbado frustrou as tentativas de paz, encaminhadas via Suécia e até pelo Vaticano. E hoje perseguem um Milosevic, Pinochet… Onde estão os culpados e criminosos da guerra do Vietnã, etc.

Sabias que Rudolf Hess, Lugar-Tenente de Hitler, voou só e desarmado para a Inglaterra em 1941, saltando de paraquedas próximo à casa de importante membro do governo inglês, com o único propósito de oferecer a Paz? Sabias que sua proposta foi desprezada e como resposta à sua oferta de paz foi encarcerado durante 46 anos, condenado à prisão perpétua em Nuremberg, e por não perder a memória, aos 93 anos foi assassinado, enforcado,na prisão de Spandau, quando estava sendo articulado um movimento por parte da URSS para a libertação do mesmo. É possivelmente o maior Mártir da Paz que o mundo já conheceu. Você já pensou por qual motivo que as conversações de Hess com o governo britânico são tão secretas, que somente poderão ser reveladas em 2023???

Sabias que o Nacional-socialismo em vez de fomentar a luta entre operários e empresários, os únicos que realmente produzem num país, dedicou-se a atacar os especuladores, banqueiros, financeiros internacionais e o governo mundial sionista, o que fez com que esses conseguissem levar a guerra à Alemanha até sua destruição total?

Você conhece algo sobre a ideologia Nacional-socialista, a sua política social, artística, econômica, a sua organização, a saúde de sua juventude, a alegria de viver de sua população, os êxitos alcançados no campo da ciência, etc? Já reparou que tudo que sabe é o que diz a propagando dos vencedores da guerra? E já se apercebeu dos meios que eles têm a seu dispor? Total controle da mídia, televisão, cinema etc.? E, pior, quando alguém colocar um pouco de luminosidade no assunto, pode contar com adjetivos como antisemita, nazista, racista etc.

Por acaso sabes que existem dezenas de historiadores da escola Revisionista que negam a existência de câmaras de gás e o assassinato de 6 milhões de judeus? Pense em Galileu, perseguido por dizer que a terra é redonda.

Nunca lhe disseram que a “história” dos seis milhões de judeus gaseados serve como pretexto para ocultar os crimes dos “bons”, vejam: Dresden, Hamburgo, Katyn, Hiroshima, Nagasaki, etc. etc.

Para o sionismo, o “holocausto”, conforme acusações recentes de próprios historiadores judeus que não aguentam mais o assunto, taxando-o de ser uma “indústria”, é um grande negócio, pois não só lhes permite mascarar seus próprios crimes, como permite chantagear economicamente a Alemanha e promover a vitimização do povo judeu! O Estado de Israel foi criado e desenvolvido com os constantes bilhões de marcos de contribuintes alemães, por supostos crimes de guerra. O holocausto não passa de um enorme “holoconto”, que quanto mais terrível for, mais dinheiro dá!!!

Você sabia que, devido às enormes influências dos judeus, hoje em dia na Alemanha e em alguns outros países, eles conseguiram criar Leis que proíbem totalmente que alguém negue o “holocausto” dos seis milhões de judeus? Por mais provas e dados que alguém tenha, é crime negar o “holocausto”. O sionismo tenta, à força, transformar essa aberração num verdadeiro dogma, numa verdade absoluta que não pode, e nem deve ser discutida!!!

Você sabia que enquanto não forem apresentadas as armas do crime (câmaras de gás e seu funcionamento), o “holocausto”, “hollycausto” ou “holoconto”, representa não apenas a Mentira do Século XX, mas a Maior Mentira de Todos os Tempos!!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Debate Sobre o Holocausto na Bandeirantes

Em 1989, por ocasião do 100º aniversário de Adolf Hitler, a Rede Bandeirantes de Televisão promoveu um debate sob a regência da apresentadora Sílvia Popovicc. Presentes neste debate estavam de um lado os srs. Anésio Lara (Presidente da Ação Integralista Brasileira), Armando Zanine Jr. (Presidente do Partido Nacional-Socialista Brasileiro) e Sérvulo Moreira Costa (líder dos Carecas em São Paulo). Do outro lado estavam os srs. Rodolfo Konder (Anistia Internacional), Benno Milnitzki (Presidente do Congresso Judaico América-Latina), Arnaldo Contier (Historiador comunista da USP) e Ben Abraham (sobrevivente do suposto holocausto).

Durante o debate, a testemunha ocular Ben Abraham não condiz com a verdade quando afirma ter permanecido em Auschwitz pelo período de cinco anos e meio. Cerca de um ano após este debate, durante uma entrevista à TV Educativa de Porto Alegre, o mesmo Ben Abraham declara ter ficado em Auschwitz entre duas semanas e duas semanas e meia.

O Campo de Concentração de Auschwitz foi aberto a 20 de maio de 1940 e tomado pelos soviéticos a 27 de Janeiro de 1945. Caso a testemunha tivesse sido o primeiro prisioneiro de Auschwitz, ele teria saído de lá somente em Novembro de 1945, ou seja, 4 meses após a capitulação militar da Alemanha. O Revisionista brasileiro Siegfried Ellwanger (S. E. Castan), proprietário da extinta editora Revisão, aparece no vídeo mostrando a contradição. Como o próprio S. E. Castan disse: "A literatura do holocausto judeu é um vale-tudo".

Seguem os vídeos do debate abaixo:








Fonte: Inacreditável

domingo, 14 de junho de 2009

Atriz Recusa Beijo Que Não Considera Higiênico


Estava tudo preparado para que uma peça de teatro itinerante destinada a promover a harmonia racial na África do Sul fosse por diante quando, inesperadamente, uma atriz branca, a jovem Carolyn Forword, se recusou repetidamente a beijar um ator negro, afastando-o com algum vigor.

O negro, chocado e ofendido, alega que a justificação de Carolyn foi a de tal prática bocal não ser higiênica, e diz que o dito argumento não passa afinal de um pretexto racista; a moça nega-o, dizendo entretanto que os beijos bocais não são adequados a uma audiência infanto-juvenil.

E, num assomo de coragem e sensatez, a atriz abandonou a peça.

Efetivamente, beijos bocais entre brancas e negros não é adequado nem a uma audiência infanto-juvenil nem a qualquer outra. Não são coisas que se façam, é simplesmente feio.

Fonte:
Guardian.co.uk

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Adolf Hitler e a Volkswagen

Enquanto estava na prisão, Adolf Hitler sonhou com uma rede de rodovias estendendo-se por todo o país, de norte a sul, leste a oeste. Ele falou de um pequeno carro, pelo qual as pessoas comuns poderiam pagar e com o qual poderiam viajar por essas rodovias, abrindo o país ao povo alemão.

"Ele deve ter a forma de um besouro". - Adolf Hitler

Logo após tomar posse como Chanceler Alemão, Adolf Hitler anunciou planos para construir um carro barato para as famílias alemãs e oferecer-lhes mediante pequenos pagamentos.

Naqueles dias os trabalhadores não tinham carros porque eram muito caros e as rodovias eram primitivas e congestionadas. O “Volkswagen” custou no fim apenas um décimo do que um automóvel normal custava naquela época. Por isso muitos alemães puderam pela primeira vez explorar seu próprio país.

A produção derivada nesta indústria viria a tornar-se uma das mais importantes indústrias e fonte de empregos da Alemanha.

"Hitler costumava descrever como o povo da cidade retornava de seus passeios de domingos em trens superlotados, tendo os botões de suas roupas despregados, seus chapéus amassados, seu bom-humor arruinado e todo o benefício do descanso perdido; como isso seria diferente se os trabalhadores da cidade pudessem adquirir seus próprios carros para saírem em verdadeiros passeios de domingo". - Schwerin von Krosigk

Um esvaecido esboço inicial feito por Adolf de como o carro que ele concebia deveria parecer. O esboço foi desenhado no restaurante “Osteria Baveria” em Munique para Jacob Werlin, chefe da agência Daimler-Benz. Adolf Hitler o instruiu: “Leve isso com você e converse com as pessoas que entendem disso mais do que eu. Mas não se esqueça disso. Eu quero ouvir de você em breve, sobre os aspectos técnicos”.

A pessoa que Adolf Hitler escolheu para projetar o Fusca foi o genial engenheiro alemão, Professor Ferdinand Porsche.

Abaixo, um anúncio retratando o símbolo “VW” da Volkswagen dentro de um ornamento de forma semelhante ao da Suástica, o Professor Posche benevolentemente olhando para sua ilustração de uma pacífica família alemã aproveitando os benefícios do mais barato e amado carro do mundo.


Cerca de 336.000 alemães depositaram dinheiro em um programa de poupança iniciado pela KdF - Kraft durch Freude (Força através da Alegria) e gerido pela empresa Volkswagen, que utilizou os fundos para construir a maior fábrica de automóveis na Europa.

Foi prometido aos participantes alemães que os primeiros veículos seriam entregues em 1940. Claro que a guerra mudou tudo isso já que a produção foi inicialmente desviada para uso militar.

Depois da guerra, o sistema de poupança foi honrado na íntegra pela VW para todos os alemães a oeste da Cortina de Ferro, mas não foi politicamente possível fazê-lo também para os alemães na Alemanha Oriental comunista.

"Fünf Mark die Woche musst Du sparen, willst Du im eigenen Wagen fahren" - Guarde 5 Marcos por semana se você deseja dirigir seu próprio carro.

Antigo anúncio da Volkswagen.

Adolf Hitler com o primeiro modelo do carro que ele imaginou.

VW emblema. O nome "Volkswagen" foi escolhido por Adolf Hitler.

Antigo anúncio da Volkswagen para o carro “Força através da Alegria”.

Protótipo do Modelo-12 VW.

Durante a guerra, a produção foi desviada para o uso militar. O “Kuebelwagen” (acima) foi construído essencialmente em torno do modelo do Fusca e funcionava excepcionalmente bem mesmo no deserto norte africano.

Schwimmwagen também foi construído em torno da base do Fusca e foi projetado para andar a maior parte submerso através de rios e de outras massas de água que parariam qualquer veículo normal.

Mesmo depois da produção do carro mais popular de todos os tempos ter sido interrompida, a fascinante forma básica concebida por Adolf Hitler gerou um novo Fusca, o “New Beetle”, produzido no século XXI.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Léon Degrelle: O Último Dos Irredutíveis

on Degrelle.

Por Antônio Marques Bessa

Na noite de 8 para 9 de Maio de 1945, enquanto por toda a Europa os Aliados festejam a vitória, um pequeno bimotor Heinkel 111 descola de um aeródromo norueguês, rumo a Espanha. O seu raio de ação fica 200 km aquém do objetivo. A bordo, Léon Degrelle confia que o vento ao menos esteja de feição, e recorda a sua divisa: “Chance Degrelle – Chance Etérnelle”.

Quando o piloto alemão que transportava León Degrelle avistou a praia de San Sebastian, os ponteiros do combustível encontravam-se no zero. Uma subida quase na vertical, para fazer afluir as últimas gotas ao tubo de alimentação, permite mais alguns quilômetros de vôo. Depois de um derradeiro vôo planado, o avião despenha-se no mar, a poucas dezenas de metros da praia. Para Degrelle, algumas fraturas a juntar à lista impressionante de ferimentos recebidos em combate nada significam; alcançada a terra espanhola, provisoriamente ao abrigo da sanha persecutória dos seus inimigos – que nos anos seguintes vitimará ambos os seus pais (falecidos na prisão) e numerosos companheiros de armas –, recolhidos os seus filhos dos orfanatos para onde tinham sido atirados, a luta não cessou, mesmo num mundo que não é o seu.

Dos principais chefes do lado derrotado na II Guerra Mundial, poucos sobreviveram. Os que escreveram memórias foram freqüentemente militares, que não se pretendem herdeiros de ideologias anacrônicas. Os que detinham responsabilidades políticas – e só em muito pequeno número escaparam aos ajustes de contas – fizeram, com maior ou menor sinceridade, ato de contrição das suas atividades passadas. Encontrar, tantos anos depois, uma figura – com um passado político e militar de grande destaque – que permanece impenitente e igual a si própria, sem mudar uma vírgula do seu discurso, rindo-se dos pedidos de extradição e tentativas de rapto, de que continuou a ser objeto durante anos, é um acontecimento raro.

Essa oportunidade é-nos oferecida por um filme em duas partes de Jean-Marie Charlier, editado em cassete de vídeo em França. Encomendado pela cadeia de televisão FR31 – e posto na prateleira sem exibição, na seqüência de pressões políticas –, data de 1967 e constitui um documento invulgar, sob a forma de uma extensa entrevista, acompanhada de depoimentos e imagens de arquivo, com Léon Degrelle.

Vivendo em Espanha, aos 84 anos de idade, Degrelle é hoje o último sobrevivente de uma era que se deseja ultrapassada, mas cuja História está apenas meio escrita. A vitalidade e energia patentes no filme são as dos seus 70 anos, mas é, mesmo assim, evidente que estamos perante uma personalidade fora do comum. É das suas experiências na cena política belga e da sua participação na campanha da Rússia que nos fala Degrelle, durante quase duas horas e meia.

O seu discurso não é nem o do observador desapaixonado nem o do propagandista sem princípios. No modo como descreve os acontecimentos, que tão intensamente viveu, existe uma curiosa mistura de entusiasmo, convicção profunda e humor.

DEGRELLE E O REXISMO

Nascido numa família católica tradicionalista, Degrelle foi o fundador e principal dirigente do Rexismo, movimento político belga, fortemente influenciado pela extrema-direita maurrasiana da vizinha França. Nas décadas que antecedeu a II Guerra Mundial, o Rex teve um impacto considerável, nomeadamente em Maio de 1936, quando o movimento conseguiu eleger vinte e um deputados a nível nacional. Nessa época, no entanto, a imagem do Rexismo era menos a de uma formação extremista que a de um movimento de inspiração patriótica e católica, em luta contra a corrupção econômica.

Degrelle tinha exposto na imprensa rexista diversos escândalos financeiros que implicavam figuras conhecidas dos círculos políticos e da própria Igreja. Ouvindo-o falar em 1936 dos casos de mandatos parlamentares e acumulações financeiras ilegítimas que denunciava nos anos trinta, do poder dos banksters e da corrupção da hierarquia católica, fica-se com uma visão necessariamente unilateral dos casos da época, mas adquire-se igualmente a convicção de que a sua indignação é genuína, e os escândalos mais que simples expedientes políticos eleitoralistas. Durante as campanhas eleitorais em que Degrelle recolhia fundos levando a cabo meetings de massas em que o ingresso era pago, o Rexismo havia revelado uma forte implantação no proletariado e pequena burguesia. Em 1937, a Igreja adota uma posição claramente hostil, proibindo o voto nos rexistas.

A derrota eleitoral que se segue é conseqüência direta do que os rexistas passam a considerar como a traição da hierarquia católica, e marca o início de um resvalar progressivo dos seus dirigentes para posições cada vez mais identificáveis com as doutrinas de aspecto fascista, em ascensão por toda a Europa.

Quando em 10 de Maio de 1940, a Bélgica se vê invadida, Degrelle encontra-se em plena travessia do deserto político. O que não impede o Governo belga de proceder à sua detenção, e de o entregar, juntamente com vários correlegionários, às autoridades de um país estrangeiro – a França – a fim de ser internado como um vulgar inimigo. Depois de escapar por pouco ao sinistro episódio de Abbeville – em que 21 detidos políticos são assassinados pelas tropas francesas –, Degrelle inicia um périplo por vinte e duas prisões ao qual sobrevive, apesar de bastante maltratado. Uma vez regressado à Bélgica, é recebido pelo Rei em Agosto de 1940, e é pressionado para fazer equipe com o chefe dos socialistas De Man, ex-ministro do Governo que lhe infligira a derrota eleitoral, agora adepto de uma colaboração com a Alemanha.

Os pactos políticos de conveniência, porém não lhe interessam e, em 1941, quando a Alemanha invade a União Soviética, a sua componente aventurosa e o gosto pela ação direta levam-no a alistar-se na Legião de Voluntários Valões. Hitler envia um telegrama nomeando-o tenente. Recusa a oferta, e é como simples soldado raso “para ganhar os seus direitos” que parte com os primeiros voluntários.

NO INVERNO RUSSO

A história dos voluntários valões e a da sua própria carreira militar fulgurante, em três anos e meio de campanha na União Soviética, são o tema da segunda parte do filme. Alistado como metralhador de segunda classe, Degrelle conhece os seus primeiros combates na Ucrânia, onde o pequeno batalhão inicial de valões se encontra integrado no Grupo de Exército Sul. Promovido por distinção diretamente de cabo a alferes, participa uma e outra vez em ações de combate próximo, de que resultam múltiplos ferimentos, e percorre rapidamente os postos sucessivos, vindo a assumir o comando da unidade depois da morte em combate do seu predecessor Lippert. Em Maio de 1943, a Legião é transferida para as Waffens-SS, com a designação de “Sturmbrigade” Wallonie, participa repetidamente em ações decisivas, passa a divisão em princípios de 1945, e nos últimos dias está reduzida à meia dúzia de sobreviventes.

Quando a guerra termina, Degrelle tem a patente de coronel das Waffen-SS, é o único estrangeiro a possuir a cruz de cavaleiro da cruz de ferro com as folhas de carvalho, e é um dos onze únicos detentores da placa de ouro do combate corpo-a-corpo, em todo o Exército alemão.

A sua memória da guerra no Leste é a visão dos acontecimentos de alguém que não só os viveu na violência do combate próximo e na responsabilidade do comando, mas conheceu de perto alguns dos protagonistas históricos que os moldaram. As suas opiniões sobre o desenrolar da guerra na Rússia divergem, por vezes, das versões habitualmente aceitas: manifesta, por exemplo, uma forte convicção de que a derrota da ofensiva sobre o saliente soviético de Kursk – uma das batalhas mais importantes de toda a guerra, onde se deram os maiores combates de forças blindadas da História – se deveu ao fato de a espionagem soviética ter tido conhecimento dos planos alemães, uma hipótese verossímil quando se considera a extrema eficácia dos serviços de informação aliados e a importância crucial que a Ultra teve na frente ocidental. É, no entanto, quando Degrelle fala na sua experiência pessoal e direta do inferno de Tcherkassy, na Ucrânia, ou dos últimos combates na Estónia ou na Pomerânia, que as suas palavras suspendem a respiração dos que o querem ouvir.

Imaginar o que terá sido o combate na interminável estepe russa, com equipamentos inadequados para o Inverno, em condições de constante inferioridade numérica, com uma frente da largura de um continente a defender, é em si difícil. Quando se ouve Degrelle descrever os extremos de temperatura da ordem dos 40 graus negativos, a lama – pior que a neve – onde durante o degelo homens, animais e veículos se afundavam, as intermináveis ondas humanas do Exército soviético permanentemente renovadas, contidas em condições desesperadas, apercebemo-nos melhor do caráter apocalíptico dessa luta e do seu significado para os que nela participaram.

EUROPA E BORGONHA

Para Degrelle, o que estava em jogo não eram mais pequenas questões de política local, mas o nascimento de uma Europa de nações solidárias, readquirindo, sob a direção militar alemã, a importância geopolítica que lhe pertencia de direito próprio. Na reordenação do continente, voltaria a ter lugar uma unificação entre a França e a Alemanha, segundo as linhas do estado medieval formado pelos duques da Borgonha no séc. XV, desaparecido numa conjunção de acidentes dinásticos e desastres militares; através da aspa vermelha em campo de prata dos seus estandartes, o sonho borgonhês esteve presente em todos os combates da brigada Wallonie.

O que teria sido a evolução política de uma Europa aglutinada sob as ideologias antidemocráticas da época, jamais saberemos, mas é talvez importante notar que, mais que o poder de atração das mesmas, foi o combate anticomunista que fez correr um grande número de voluntários à frente leste. Degrelle é um daqueles para quem ambas as motivações existiram, e as suas palavras não deixam dúvidas disso. O destino da Europa Central e Oriental, na seqüência da vitória aliada, no entanto, deveria temperar a nossa tentação de culpabilizar excessivamente os que duvidaram do monopólio aliado da virtude…

Um episódio quase humorístico dá, de resto, a medida do caráter de Degrelle. Tendo descoberto que dois dos seus voluntários, ex-polícias de Bruxelas, mantinham informada a Gestapo sobre os comportamentos dos seus camaradas, faz uma alocução referindo a presença de dois espiões e acrescenta: “Jurai que esses homens estão mortos”. “Juro!”, respondem todos a uma voz. Horas depois, ambos os informadores tinham desaparecido, e sido dados como desertores. Alguns dias mais tarde eram capturados pelas autoridades alemãs…

HITLER

Degrelle menciona as suas reminiscências de algumas das personagens mais misteriosas do III Reich, tais como Himmler e Bormann, mas é quando aborda a personalidade de Hitler que as suas considerações se revestem de um interesse especial. Hitler é, evidentemente, um dos grandes enigmas do século. Na imagem da propaganda do tempo da guerra, era um ex-pintor de paredes, deficiente mental, com anomalias físicas e taras sexuais de última ordem, que chegaram a ser detalhadas numa obra de pseudo-psiquiatria. No pós-guerra, tornou-se um caso menos patológico, mas mais malevolente, um ditador histérico, que não tolerava a mínima oposição e, nos últimos tempos, se encontrava incapacitado, sempre à beira do ataque de fúria, um verdadeiro desastre como estratego militar, responsável por inúmeros insucessos alemães.

Apesar da sua suposta vulgaridade, no entanto, Hitler tem fascinado os biógrafos como poucas outras personalidades do séc. XX. Obras como as de John Toland ou David Irving têm contribuído para fazer luz sobre múltiplos aspectos da sua passagem meteórica pelo palco da História. A imagem que emerge dos vários estudos recentes, relega a maior parte das alegações propagandísticas à condição de lendas; Hitler possuía uma extraordinária intuição militar e política, um vasto conhecimento de História, quase sempre considerou detalhadamente os pontos de vista que contradiziam os seus, e morreu de plena posse das suas faculdades mentais e físicas, apesar do desgaste nervoso e dos ferimentos recebidos no atentado de 1944. Esta imagem é bem reforçada por Degrelle, que acentua que o seu declínio e intratabilidade são míticos.

Degrelle conheceu de perto Hitler – que o tratava pelo primeiro nome – nos seus quartéis-generais da frente leste, e narra vários episódios do seu convívio privado. Num deles, reparando no desgaste das botas que Degrelle usava, Hitler vai buscar um dos seus próprios pares de botas, e, ao verificar que Degrelle calçava um número abaixo, estende-lhas despretensiosamente depois de lhes enfiar umas folhas amachucadas do Völkischer Beobachter. Noutro, cruzam-se, Hitler pergunta-lhe para onde se dirige, Degrelle responde que vai à missa, e Hitler, que como se sabe não era muito católico, diz-lhe: “Se a minha mãe fosse viva, acompanhava-o com certeza”.

OS DIAS DO FIM

Quando Hitler abandona o mundo dos vivos da forma que escolheu e o círculo de aço russo se fecha sobre os últimos defensores de Berlim, Degrelle sabe bem o destino que o espera se cair nas mãos dos seus inimigos. Gastos os seus recursos financeiros pessoais para ajudar os seus soldados a desaparecer, consegue atingir Copenhague onde assiste à aterragem dos primeiros aviões ingleses. Daí para a Noruega o seu passaporte é a cruz de ferro com as folhas de carvalho: a sua exibição furtiva perante o pessoal alemão ainda nos seus postos, abre-lhe todas as portas e faculta-lhe os transportes. Depois é a viagem do avião solitário, de onde avista, por entre as trevas, as luzes festivas de Paris.

Para Degrelle, 1945 foi o apocalipse de uma idéia da Europa e a II Guerra Mundial um combate perdido. Como para muitos dos que combateram do seu lado – e do lado contrário – a sua percepção foi a de uma luta de vida ou morte pela sobrevivência dos valores do Ocidente. Que a guerra em si tenha estado na origem da ruptura generalizada de todos os valores, e tenha afundado as nações civilizadas em abismos de destruição e hipocrisia, que não seriam acreditadas no séc. XIX, talvez não lhe tenha ocorrido – como não ocorre aos que, cinqüenta anos depois, continuam a promover as mitologias maniqueístas de sinal inverso, herança direta da propaganda de 1939-1945.

Das ruínas da guerra, no entanto, a par da bancarrota moral dos governos e dos sofrimentos indizíveis infligidos às populações, alguns monumentos permanentes se erguem: seriam necessários critérios bem estreitos para que os historiadores futuros, debruçados sobre as guerras do séc. XX com a mesma isenção política com que estudamos hoje as campanhas napoleônicas, não reconhecessem, a par do heroísmo e generosidade individuais da batalha de Inglaterra ou da defesa de Leningrado ou Berlim, a dos combatentes voluntários europeus da frente leste, à cabeça dos quais se encontraram homens e se escreveram epopéias como a de Léon Degrelle.

Às armas pela Europa! – Discurso pronunciado por Léon Degrelle no Palácio de Chaillot – Paris, 5 de Março de 1944.

A SAÚDE DO POVO

A unidade está feita e só a unidade poderá triunfar. A Europa não se faz só porque está em perigo, mas porque possui uma alma. Não estamos unidos por qualquer coisa de negativo, como salvar a pele. O que mais importa na Terra não é viver, mas viver bem. Não é a arrastar cinqüenta anos de inatividade, é, durante um ano, durante oito dias, ter vivido uma vida orgulhosa e triunfante.

Os intelectuais podem desenvolver as suas teorias. Que o façam. São jogos inocentes, embora muitas vezes jogos de decadências. Quantos franceses se comprazem nestas subtilidades! Quantos franceses pensam ter feito a revolução só porque escreveram um belo artigo sobre a revolução! A Europa é o velho país da inteligência e as grandes leis da razão são indispensáveis à harmonia européia. Mas, apesar de tudo, o nosso século significa outra coisa além do despertar das forças da inteligência. Há muitas pessoas inteligentes que nada mais foram que seres estéreis. Despertando todas as forças instintivas e sussurrantes do ser humano, recordando que há uma beleza do corpo e uma harmonia, que não se conduzem povos de anões, de zés-ninguém e de seres disformes, lembrando que não há ação sem alegria nem alegria sem saúde, o racialismo, despertando estas grandes forças que vêm do fundo do mundo, conduz à cabeça da Europa uma juventude sã e indomável, uma juventude que ama, uma juventude que deseja. Também, quando olhamos o mundo, não é para o analisar... Mas para o tomar!

A Alemanha entregou este serviço inestimável a uma Europa decadente ao ter lhe trazido a saúde. Quando olhávamos para a Europa anterior à guerra, quando íamos a esses circos de animais que eram as assembléias parlamentares, quando víamos todos essas carantonhas, todos esses senhores embrutecidos, as suas barrigas enormes, como se tivessem estado grávidos demasiadas vezes, as faces fatigadas, os olhos pisados, perguntávamos: "É isto o nosso povo?" O povo francês ainda conhecia os ditos espirituosos que eram, no fundo, uma forma de troça e de revolta, mas já não essa grande alegria inocente da força; enquanto que a Alemanha, sim, possuía esse reservatório de forças sem limites. Que é que vos espantou, homens e mulheres da França, quando vistes chegar os alemães em 1940?... É que eles eram belos como deuses, de corpos harmoniosos e ágeis, é que eram escorreitos. Nunca vistes um jovem guerreiro, nem o vedes ainda a esta hora na Rússia, com uma barba democrática. Em tudo isso há aprumo, comportamento, raça, boa cara!

Com o racialismo, com este despertar da força sã, a Alemanha devolveu logo de início a saúde ao seu povo e, depois, à Europa inteira. Quando partimos para a Rússia, disseram-nos: "Ireis sofrer lá, sereis homens envelhecidos antes do tempo". Quando regressamos da Frente, olhamos para os outros... E nós é que os achamos velhos, ao mesmo tempo que sentíamos nas veias uma força que nada fará parar!

REVOLUÇÃO DO POVO

Em toda a parte na Europa o povo era desgraçado, em toda a parte o bem-estar era monopolizado por algumas dezenas de monstros anônimos – bem-estar material fechado nos cofres fortes dos bancos, bem-estar espiritual camuflado com todas as formas da corrupção. A Europa estava velha porque não era feliz, os povos já não sorriam, porque não se sentiam a viver.

Neste momento preciso, que se passa ainda? Quer se olhe em Paris ou em Bruxelas, encontra-se nos subúrbios o mesmo povo humilhado, com salários de fome, com uma alimentação de leprosos. Chega-se às avenidas e encontram-se esses gordos pachás indolentes, atoucinhados de bifes e de notas de mil, que vos dizem: "É prática, a guerra; antes, ia-se ganhando, com a guerra ganha-se, depois da guerra ganhar-se-á". Ah, sim, não perdem pela demora!... Hão de ganhar as descargas das nossas pistolas-metralhadoras e a corda dos enforcados!

Porque, o que mais nos interessa na guerra é a revolução que se seguirá, é de devolver a milhões de famílias operárias a alegria de viver, é que milhões de trabalhadores europeus se sintam seres livres, orgulhosos, respeitados, é que em toda a Europa o capital deixe de ser um instrumento de dominação dos povos e se torne um instrumento ao serviço do bem-estar dos povos!

A guerra não pode terminar sem o triunfo da revolução socialista, sem que o trabalhador das fábricas e o trabalhador dos campos sejam salvos pela juventude revolucionária. É o povo que paga, é o povo que sofre. A grande experiência da frente russa prova-o. O povo mostrou que é capaz de fazer a sua revolução sem os intelectuais. Nas nossas fileiras, oitenta por cento dos nossos voluntários são operários! Mostraram que têm a cabeça mais limpa e que viram mais longe que milhares de intelectuais, que só têm tinta na caneta, o vazio na cabeça e, sobretudo, nada no coração, intelectuais que se pretendem de elite! Tudo isso acabou!

As verdadeiras elites formam-se na frente, é na frente que se cria uma cavalaria, é na frente que nascem os chefes! A verdadeira elite de amanhã está lá, longe do palavrório das grandes cidades, longe da hipocrisia e da esterilidade das massas que não compreendem coisa nenhuma! Cria-se durante os combates grandiosos e trágicos, como o de Tcherkassy! Foi para nós uma alegria soberana encontrarmo-nos lá entre jovens vindos de todos os cantos da Europa. Estavam lá milhares de alemães da velha Alemanha, homens do Báltico - principalmente o Batalhão Narva com os letões – havia rapagões louros dos países escandinavos, dinamarqueses, holandeses, os nossos irmãos de armas flamengos, húngaros, romenos. Havia também franceses que vos representavam nesta amálgama, ao mesmo tempo que tantos dos vossos compatriotas estavam agregados a outros setores da Frente do Leste. Lá, entre todos nós, estabeleceu-se uma fraternidade completa, porque tudo mudou com a guerra. Quando vemos na nossa Pátria um velho burguês barrigudo, não consideramos que faça parte da nossa raça, mas quando vemos um jovem revolucionário da Alemanha, imaginamos que ele é da nossa Pátria, pois que todos estamos com a juventude e com a Revolução!

Somos soldados políticos e a insígnia SS mostra à Europa onde está a verdade política, onde está a verdade social. Reunindo em todo o lado este exército político do Führer, preparamos os quadros políticos do pós-guerra. A Europa terá amanhã elites como nunca teve ocasião de conhecer. Um exército de jovens apóstolos, de jovens místicos, sustentados por uma fé que nada destruirá, sairá um dia deste grande seminário da Frente. Por isso, é lá, franceses, que é necessário estar presente!

CADA POVO TEM QUE MERECER O SEU LUGAR

Nos partidos nacionais há agora na França homens que compreenderam que é necessário trabalhar com toda a Europa, que compreenderam sobretudo que a unidade revolucionária da Europa é a SS. Em primeiro lugar, porque a SS teve a coragem de seguir a direito e de ir fortemente ao encontro da verdadeira revolução socialista. Desde há um ou dois anos vimos a França na Frente. E agora, no interior, vemos a França: a França dos de Brinon, dos Déat, dos Doriot, dos Darnand, mas, principalmente, a França da juventude! Vemos algo mais que sujeitinhos ao balcão dos bares, de cigarro ao canto da boca e prontos a engolir o pernod. Vêm-se rapazes altos, bem constituídos, capazes de fazer a revolução e de escolher na França uma rapariga bonita para lhe dar crianças vigorosas!

Vós tendes desde há anos, proporcionalmente, três vezes menos crianças que os russos, duas vezes menos que os alemães. Poderia perguntar-se porquê, neste país de amores. O amor não vai longe sem crianças! Não são elas a poesia e a ressurreição do amor?...

Esta falta de natalidade era um dos sintomas da impotência geral dos povos democráticos, impotência de ver ao longe, impotência de ter audácia, impotência diante do fervor revolucionário e impotência perante as privações, perante os próprios sofrimentos. É necessário dizer-vos, franceses, que perdestes cinqüenta anos numa Europa de soldados que luta, que mostra a sua coragem, que tem necessidade de ser heróica, mas que prepara uma revolução social e assentos morais para cada povo. Não pode ser possível que centenas de milhares de homens sejam mortos, levados pelas virtudes mais sublimes, para que se caia a seguir na imundície da mediocridade, da baixeza, da indolência. A Frente não criou somente forças de saúde no terreno militar, forças revolucionárias que passarão amanhã através de tudo, prepara a Revolução que é mais necessária para a Europa: a revolução espiritual. Temos necessidade de homens direitos e puros, dos que sabem que as mais altas alegrias do homem moram na alma. Não admitiremos a mediocridade da alma, não admitiremos homens a viverem de alegrias sórdidas, virados para o seu egoísmo, numa atmosfera mesquinha. Queremos elevar os povos, levar-lhes o gosto, a grandeza. Queremos que os povos tenham a alegria soberana de se elevarem para além da vida quotidiana.

Eis porque, caros camaradas, devemos estar unidos. A Europa organizada contra o comunismo, para defender a nossa civilização, o nosso patrimônio espiritual e as nossas velhas cidades, deve estar unida, e cada povo tem que merecer o seu lugar, não a invocar o passado como razão, mas dando o sangue que lava e purifica. A Europa deve estar unida para realizar sob o signo da SS a Revolução Nacional-Socialista e para trazer às almas a Revolução das Almas!

Voluntários de mais de vinte países agrupados às centenas de milhares na Frente do Leste, unidos a uma juventude alemã maravilhosa de fé e de entrega, todos nos entendíamos depois de quatro anos de ideais forjados em comum e de sacrifícios comuns!

Sem a resistência heróica, de uma tenacidade impensável, do Exército alemão e dos 600.000 voluntários não alemães da Frente do Leste, sem os 900 dias de luta, passo a passo, de Stalingrado a Berlim, adeus Europa!

Léon Degrelle, em Abril de 1943, depois de lutar na frente contra a URSS.

Léon Degrelle com suas filhas em um blindado, Bruxelas – 1944.
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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Os Líderes do Nacional-Socialismo e o Suposto Holocausto

Nas toneladas de documentos confiscados do regime NS pelas potências vitoriosas, não se encontra qualquer plano, ordem ou alguma outra prova para um suposto projeto de extermínio industrializado dos judeus. O especialista em Holocausto e autor de livros, o judeu Raul Hilberg, que vive nos EUA, explica seriamente esta escassez de provas: o plano foi tão secreto, que a totalidade das ordens foi dada através de "transmissão de pensamento" ("meeting of minds, a consensus, mind-reading by a far-flung bureaucracy").

Com este argumento infame, todas as perguntas relativas às provas para um suposto genocídio de seis milhões de judeus são colocadas de lado. Por outro lado, são apresentados trechos de declarações dos líderes políticos NS como prova do Holocausto. Os senhores especialistas em Holocausto se contradizem e parecem não notar: ou o plano de extermínio dos judeus foi tão secreto, que a transmissão da ordem só podia ser por telepatia e através de uma linguagem camuflada, ou o projeto foi exposto sem rodeios, de forma notória e pública. A seguir, devem ser ainda apresentadas aqui algumas declarações freqüentemente mencionadas de alguns principais líderes políticos Nacionais-Socialistas.
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Adolf Hitler

Freqüentemente é afirmado que Adolf Hitler já teria anunciado em seu livro "Minha Luta" o extermínio dos judeus com gás venenoso. Neste contexto é citada a seguinte colocação:

“Se tivesse colocado no início da guerra ou durante ela, doze ou quinze mil destes hebreus depravadores do povo sob o efeito do gás venenoso, assim como tiveram de aturá-lo no campo centenas de milhares de nossos melhores trabalhadores de todas as classes sociais e profissões, então não teria sido em vão a perda de milhões de vítimas no campo de batalha. Ao contrário: doze mil patifes liquidados na hora certa, teria talvez no futuro salvo a vida de um milhão de valorosos alemães”.

Esta passagem encontra-se no segundo volume, no capítulo O direito de defesa, onde Hitler discute as relações na primeira guerra mundial e ataca o marxismo, que é conduzido na Alemanha principalmente pelos judeus. Assim como a referência ao passado, como também a forma condicional ("Se tivesse") levam à sugerir de que se trata aqui de uma pura manifestação propagandística, e de forma alguma planejada ou programada.

Seja lembrado neste contexto que o judeu Kurt Tucholsky, dirigindo-se àquela classe burguesa, a qual não compartilhava de sua posição pacifista, expressava o seguinte desejo:

"Queira o gás rastejar furtivamente no quarto de suas crianças. Queira que elas caiam lentamente, os bonequinhos. Eu desejo à mulher do pastor e à do chefe da redação e à da mãe do escultor e à irmã do banqueiro, que eles encontrem a dolorosa morte amarga, todos juntos”.

Certamente não deve ser afirmado aqui que Tucholsky planejou eliminar seus adversário com gás. Todavia, considerando o rude estilo lingüístico daquele tempo, é então até um absurdo, considerar a passagem bem mais amena de Hitler em Minha Luta como prova para o Holocausto.

Em seu discurso de 30 de Janeiro de 1939 no Reichstag, Hitler falou pela primeira vez textualmente em eliminação com relação aos judeus:

"Se o internacional poder judaico financeiro dentro e fora da Europa conseguisse levar os povos mais uma vez a uma guerra mundial, então o resultado não será a bolchevização do mundo e com isso a vitória do poder judaico, mas sim a exterminação da raça judaica na Europa”.

Historiadores reconhecidos querem com esta citação de Hitler, reconhecer uma prova do plano de extermínio, porém, não dispensam uma única palavra à primeira parte do parágrafo. A preocupação aqui expressada, de que influentes e ricos círculos judaicos poderiam levar a Alemanha à guerra, foi criada do nada? Com certeza seria interessante deixar aqueles círculos se pronunciarem:

Daily Express, London, 24 de Março de 1933:

"Judéia declara guerra à Alemanha... Quatorze milhões de judeus em todo mundo estão juntos como um só homem e declaram guerra à Alemanha”.

O líder sionista Wladimir Jabotinsky, em Janeiro de 1934, no jornal judaico Tatscha Retsch:

"Nosso interesses judaicos exigem o definitivo extermínio da Alemanha”.

The Youngstown Jewish Times, 16 de Abril de 1936:

"Depois da próxima guerra não existirá mais uma Alemanha. A partir de um sinal de Paris, se colocaram em movimento França e Bélgica, assim como os povos da Tchecoslováquia, para esmagar mortalmente com um movimento de pinça, o colosso alemão. Eles irão separar a Prússia e a Bavária um do outro e aniquilar a vida nestes Estados”.

The American Hebrew de 30 de Abril de 1937:

"Os povos chegarão à seguinte conclusão de que a Alemanha nazista merece ser exterminada da família das nações”.

Estes são alguns poucos exemplos de um grande mar de propaganda anti-alemã. Diante deste cenário, o discurso de Hitler em 30 de Janeiro de 1939 não foi nada mais do que uma equivalente estilística réplica à contínua incitação à guerra e às publicamente afirmadas fantasias de genocídio dos sionistas, porém, de forma alguma, a proclamação do extermínio dos judeus.

Citado integralmente e analisado no contexto da época, o freqüentemente usado citado de Hitler contradiz sobretudo a ainda predominante tese de que o regime NS almejava por si só uma guerra. O procurador chefe britânico do IMT, Sir Hartley Shawcross expressou, aliás, num discurso em 16 de Março de 1984, o seguinte tardio juízo em relação à pressuposta intenção de guerra de Hitler:

"Passo a passo tenho chegado sempre mais à convicção, que os objetivos do comunismo na Europa são tenebrosos. Eu acusei os Nacionais-Socialistas em Nuremberg. Juntamente com meu colega russo, eu condenei a agressão e o terror nazista. Hitler e o povo alemão não quiseram a guerra! Segundo os princípios da nossa política Balance of Power, através do estímulo dos 'Americanos' junto a Roosevelt, nós declaramos guerra à Alemanha para exterminá-la. Nós não respondemos às diferentes súplicas de paz por parte de Hitler. Agora nós devemos reconhecer que Hitler estava certo. Ao invés de uma Alemanha cooperativa que ele nos ofereceu, temos o enorme poder imperialista soviético. Eu me sinto envergonhado e humilhado, para ver agora, como os mesmos objetivos que atribuímos a Hitler, são perseguidos agora sob um outro nome e as mesmas táticas são usadas desenfreadamente”.

Heinrich Himmler

Freqüentemente são citados trechos de dois discursos de Heinrich Himmler em 4 e 6 de Outubro de 1943, diante de líderes do NSDAP, em Posen. Himmler deve ter se expressado de forma estranhamente aberta sobre a suposta eliminação planejada dos judeus num trecho questionável de seu discurso. A reprodução dos dois discursos, ainda que parcial, iria extrapolar o objetivo deste trabalho. Wilhelm Stäglich citou integralmente e analisou criticamente os dois discursos. As mais importantes contradições deixam-se resumir da seguinte forma:

- Himmler pediu aos ouvintes, "nunca falarem sobre aquilo" e "levar o segredo consigo para o túmulo"; todavia, ele discursava sem um motivo aparente para pessoas que não tinham qualquer relação com o suposto extermínio dos judeus. Também a evidente pergunta, porque Himmler logo num discurso secreto deixou gravá-lo e reproduzi-lo em disco, foi penosamente esquecida pelos reconhecidos historiadores. Seja salientado que a qualidade do tom da gravação é tão miserável, que a voz do orador é ininteligível.

- Himmler é citado com uma já comprovada falsificada declaração de que o extermínio dos judeus faz parte do programa partidário do NSDAP. Himmler era membro desde 1923 e por muitos anos chefe da propaganda do NSDAP. É difícil de acreditar que um tal deslize fosse possível, ainda mais num discurso para funcionários do partido NSDAP.

- Himmler discursa sobre o extermínio de judeus na forma passada, como se ele fosse uma ação concluída já em Outubro de 1943. Isto se coloca em total contradição com a própria representação oficial do Holocausto.

Abstraindo estas contradições sobre o conteúdo, nota-se numa análise minuciosa dos manuscritos do discurso, que justamente os trechos mais citados não passam no restante do documento. David Irving comprovou que os trechos duvidosos foram escritos com uma outra máquina, usando uma outra fita de tinta e a numeração das páginas em questão foram escritas a lápis. Estes inquestionáveis indícios de uma falsificação são somente notados por aqueles historiadores que submetem os documentos originais a uma análise profunda e imparcial.

Fonte: A Verdade Proibida

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Delícias do Multiculturalismo II

O vídeo abaixo, captado pelo sistema de vigilância de um ônibus de Paris, mostra um jovem branco sendo roubado e espancado por um grupo formado por jovens de pele morena, frutos da terceira geração de imigrantes na França. São seis minutos de violência gratuita e covarde, nos quais sobram socos e pontapés para outros passageiros que tentam acalmar a situação.
O governo francês abriu uma investigação para descobrir quem foi o responsável por divulgar as imagens. Um policial foi detido, mas liberado logo depois.
O vídeo completo está sendo retirado sistematicamente do YouTube a cada vez que é postado. Um provedor russo está disponibilizando o vídeo completo e com o áudio revelador, que deixa no ar o “francês de merda” que um dos agressores grita enquanto esmurra, pela vigésima vez, o rapaz branco.

sábado, 16 de maio de 2009

Delícias do Multiculturalismo

O vídeo abaixo mostra um grupo de negros espancando repetida e violentamente um branco, até este ficar inconsciente e precisar de cirurgia facial. O caso passou-se numa estação de trens na Austrália e foi filmado pelas câmaras de vigilância.
Esse caso passou praticamente desapercebido pela mídia amestrada, contudo se fosse um grupo de brancos espancando um negro isso seria noticiado à exaustão, aliás, à náusea.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Domínio Judaico na Rússia Vermelha

Uma pequena prova estatística do domínio judaico na Rússia Vermelha.


"Nós estamos a ponto de eliminar a burguesia em sua qualidade de classe determinada. Vocês não tem nenhuma necessidade de provar que este ou aquele tem agido contra os interesses do poder soviético. A primeira pergunta a ser feita em relação a um detido é sobre a classe a que pertence, de onde vem, qual é o seu grau de instrução e sua profissão. As respostas fornecidas deverão selar a sorte do acusado".
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M. LATSIS, um dos chefes da Tcheká, 1918. A Tcheká (depois NKVD, depois KGB) foi fundada por Djerjinski (judeu).


"Haviam 384 comissários, incluindo 2 negros, 13 russos, 15 chineses, 22 armênios, E MAIS DE 300 JUDEUS. Do último número, 264 saíram dos Estados Unidos e foram para a Rússia desde a queda do governo imperial".
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CAPT. MONTGOMERY SCHUYLER, telegrama de Vladivostok, 09/06/1919, sobre a formação do governo soviético.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Entrevista Com Mahmoud Ahmadinejad


Abaixo a excelente entrevista com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad concedida à revista alemã Der Spiegel.

Spiegel: Presidente, até agora o senhor viajou para os Estados Unidos quatro vezes para comparecer à Assembléia Geral das Nações Unidas.Qual é a sua impressão dos EUA e dos norte-americanos?

Ahmadinejad: Em nome de Deus, o Misericordioso, o Compassivo, tenho prazer de recebê-los em Teerã mais uma vez, depois de nossa extensa conversa há quase três anos. Agora sobre os EUA: É claro, é impossível conhecer um país como os Estados Unidos em algumas visitas curtas, mas meu discurso e as discussões na Universidade de Columbia foram muito especiais para mim. Tenho muita consciência de que deve-se fazer uma distinção entre o governo americano e o povo americano. Nós não responsabilizamos os americanos pelas decisões equivocadas do governo Bush. Eles querem viver em paz, como todos nós.

Spiegel: O novo presidente dos EUA, Barack Obama, enviou uma mensagem em vídeo para a nação iraniana há três semanas, durante o festival de Ano Novo iraniano. O senhor assistiu ao discurso?

Ahmadinejad: Sim. Coisas importantes estão acontecendo nos Estados Unidos. Acredito que os americanos estejam no processo de iniciar desenvolvimentos importantes.

Spiegel: Como o senhor se sentiu em relação ao discurso?

Ahmadinejad: Ambivalente. Algumas passagens eram novas, enquanto outras repetiam posições já bem conhecidas. Achei surpreendente que Obama tenha dado um valor tão alto para a civilização iraniana, nossa história e cultura. Também é positivo o fato de ele ter enfatizado o respeito mútuo e as interações honestas como base para a cooperação.Em uma parte de seu discurso, ele diz que uma nação no mundo não depende apenas de armas e força militar, foi exatamente isso o que dissemos para os governos americanos anteriores. O grande erro de George W. Bush foi que ele queria resolver todos os problemas militarmente. Já se foram os dias em que um país podia enviar ordens para outros povos. Hoje, a humanidade precisa de cultura, ideias e lógica.

Spiegel: O que isso significa?

Ahmadinejad: Sentimos que Obama precisa transformar suas palavras em ações.

Spiegel: O novo presidente dos EUA, apesar de ter chamado de "repugnantes" as críticas anti-israelenses agressivas feitas pelo senhor, ainda assim falou de um novo começo nas relações com o Irã e estendeu suas mãos.

Ahmadinejad: Eu não entendi os comentários de Obama exatamente assim. Presto atenção ao que ele diz hoje. Mas é por isso mesmo que eu vejo que falta algo de decisivo. O que o leva a falar sobre um novo começo? Aconteceu alguma mudança na política americana? Nós recebemos bem as mudanças, mas elas ainda têm de ocorrer.

Spiegel: O senhor está constantemente fazendo demandas. Mas a verdade é: suas políticas, as relações desastrosas do Irã com os Estados Unidos, são um peso para a comunidade global e uma ameaça para a paz mundial. Onde está a sua contribuição para aliviar as tensões?

Ahmadinejad: Eu já expliquei isso para você. Apoiamos as conversações com base na justiça e no respeito. Essa sempre foi nossa posição. Estamos esperando que Obama anuncie seus planos, para que possamos analisá-los.

Spiegel: E é só?

Ahmadinejad: Temos que esperar e ver o que Obama quer fazer.

Spiegel: O mundo vê de forma diferente, e nós também. O Irã precisa agir. O Irã precisa mostrar que tem boa vontade.

Ahmadinejad: Onde fica esse mundo do qual você está falando? O que nós temos que fazer? Você está ciente de que não fomos nós que cortamos relações com os Estados Unidos. Os Estados Unidos cortaram relações conosco. O que você espera do Irã agora?

Spiegel: Atitudes concretas, ou pelo menos um gesto de sua parte.

Ahmadinejad: Eu já respondi a essa pergunta. Washington cortou relações.

Spiegel: O senhor está dizendo que receberia bem uma retomada das relações com os Estados Unidos?

Ahmadinejad: O que você acha? O que deve acontecer? Qual abordagem é a correta?

Spiegel: O mundo espera respostas do senhor, não de nós.

Ahmadinejad: Mas eu enviei uma mensagem para o novo presidente dos EUA. Foi um grande passo, um passo imenso. Eu o parabenizei por sua vitória nas eleições, e disse algumas coisas em minha carta. Isso foi feito com cuidado. Nós estávamos e continuamos interessados em mudanças significativas. Se quisermos resolver o problema entre nossos países, é importante reconhecer que o Irã não exerceu um papel no desenvolvimento desse problema. O comportamento dos governos americanos foi a causa. Se o comportamento dos Estados Unidos mudar, podemos esperar um progresso importante...

Spiegel: ... isso poderia levar à retomada de relações diplomáticas, talvez até à reabertura da embaixada, que foi ocupada em 1979, ano da revolução?

Ahmadinejad: Ainda não recebemos um pedido oficial nesse sentido. Se isso acontecer, tomaremos uma posição sobre o assunto. Esta não é uma questão de forma. Mudanças fundamentais precisam acontecer, para beneficiar todos os envolvidos. O governo americano precisa finalmente aprender lições com o passado.

Spiegel: E o senhor não?

Ahmadinejad: Todos precisam aprender com o passado.

Spiegel: Então, por favor, nos diga quais lições o senhor está aprendendo.

Ahmadinejad: Estivemos sob pressão durante os últimos 30 anos, injustamente e sem que tivéssemos cometido erros. Nós não fizemos nada...

Spiegel: ...de acordo com o senhor. Os americanos veem as coisas de um jeito bem diferente. A crise dos reféns de 444 dias, durante a qual 50 cidadãos americanos foram detidos no final de 1979 até o começo de 1981 na embaixada americana em Teerã, ainda hoje é um trauma coletivo americano.

Ahmadinejad: Mas pense nas coisas que foram feitas aos iranianos! Nós fomos atacados pelo Iraque. Foram oito anos de guerra. Os Estados Unidos e alguns países europeus apoiavam essa agressão. Nós fomos atacados até mesmo com armas químicas e o seu país, entre outros, ajudou e encorajou esses ataques. Nós não cometemos uma injustiça com ninguém. Não queríamos atacar ninguém, nem ocupamos outros países. Não temos presença militar na Europa ou nos EUA. Mas as tropas da Europa e dos EUA estão estacionadas ao longo de nossas fronteiras.

Spiegel: Os governos ocidentais, incluindo o da Alemanha, estão convencidos de que o Irã apoia organizações terroristas e de que o Irã teve dissidentes mortos no exterior. Talvez os erros não tenham sido cometidos apenas por um lado...

Ahmadinejad: Você quer dizer que as tropas foram colocadas ao longo de nossas fronteiras porque nós supostamente apoiamos organizações terroristas?

Spiegel: Nós não dissemos nem concluímos isso. Mas a acusação de apoio ao terrorismo foi feita. Onde está sua contribuição construtiva?

Ahmadinejad: Antes de mais nada: nós não praticamos o terror, mas somos vítimas dele. Depois da revolução, nosso presidente e primeiro-ministro foram mortos num ataque a bomba no prédio adjacente ao meu gabinete. Nossa fé proíbe que nos engajemos no terrorismo. E no que diz respeito às contribuições construtivas que nos cobram, nós contribuímos com a estabilização tanto do Afeganistão quanto do Iraque nos últimos anos. Enquanto fazíamos essas contribuições, o governo Bush nos acusou de fazer o oposto. Você acredita que os problemas podem ser resolvidos com força militar e invasão? A estratégia empregada pelos EUA e pela Otan não estava errada desde o princípio? Nós sempre dissemos que essa não é a maneira de lutar contra os terroristas. Hoje eles estão mais fortes do que nunca.

Spiegel: Mais uma vez, não vemos evidência de nenhuma autocrítica.

Ahmadinejad: Então porque você não me diz quais são os erros que nós supostamente cometemos. Não temos interesse num acerto de contas histórico.

Spiegel: O senhor não está insistindo que os americanos peçam desculpas pelo golpe da CIA em 1953 contra o primeiro-ministro iraniano eleito Mohammed Mossadegh?

Ahmadinejad: Nós não queremos nos vingar. Só queremos que os americanos corrijam seu curso. Você vê de fato algum sinal de que isso esteja acontecendo?

Spiegel: Sim, vemos. George W. Bush declarou que o Irã era um integrante do Eixo do Mal e ameaçou Teerã, pelo menos indiretamente, com uma mudança de regime. Não há mais nenhuma menção a isso no governo Obama.

Ahmadinejad: Há mudanças na escolha da linguagem. Mas não é suficiente. Durante os últimos 30 anos, a Alemanha e outros países europeus estiveram sob pressão dos americanos para não melhorarem suas relações com Teerã. É o que todos os estadistas europeus nos dizem.

Spiegel: Foi isso o que o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder disse quando o senhor se encontrou com ele em Teerã em fevereiro?

Ahmadinejad: Sim, ele disse isso, entre outras coisas. Agora esperamos ver ações concretas. Isso é bom para todos, mas é especialmente benéfico para os Estados Unidos, porque a posição americana no mundo não é exatamente boa. Ninguém confia nas palavras dos americanos.


Spiegel: É verdade que a reputação dos EUA no mundo sofreu com o presidente George W. Bush. Mas com todo o respeito, presidente, a reputação do Irã também sofreu tremendamente durante seu tempo de governo.


Ahmadinejad: Onde? Com quem? Com os que estão no poder ou com o povo? Com que povo e com que governos? Durante os mais de três anos que estou no governo, visitei mais de 60 países, onde fui recebido com grande afeição tanto pelo povo nas ruas quanto pelos que estão no governo. Temos o apoio de 118 países do Movimento Não-Alinhado. Concordo que nossa reputação junto ao governo americano e a alguns governos europeus não é positiva. Mas isso é problema deles. Todos os povos estão fartos do governo americano.

Spiegel: Mas o senhor não está nem mesmo dando uma chance ao novo governo. Sua atitude é caracterizada pela falta de confiança.

Ahmadinejad: Nós falamos de Barack Obama com muito respeito. Mas somos realistas. Queremos ver mudanças concretas. Nesse contexto, também estamos interessados em ajudar a corrigir uma política equivocada no Afeganistão.

Spiegel: O que o senhor propõe fazer?

Ahmadinejad: Veja, mais de US$ 250 bilhões foram gastos na campanha militar no Afeganistão até hoje. Com uma população de 30 milhões, isso chega a mais de US$ 8 mil por pessoa, ou cerca de US$ 42 mil para uma família média de cinco pessoas. Fábricas e estradas poderiam ter sido construídas, universidades criadas e campos cultivados para o povo afegão. Se isso tivesse acontecido, será que haveria algum espaço para os terroristas? É preciso agir na raiz do problema, e não nos galhos. A solução para o Afeganistão não é militar, mas humanitária. É do interesse do Ocidente nos ouvir, e se não o fizerem, nós lavamos nossas mãos em relação ao assunto. Somos apenas observadores. Nós lamentamos profundamente a perda de vidas humanas, não importa quais vidas foram tiradas. Isso vale tanto para os civis afegãos quanto para as forças militares que intervieram no país.

Spiegel: Isso soa como se o senhor não tivesse nenhum interesse em ajudar os americanos e a Otan a lutar contra o Taleban. Obama coloca mais ênfase na reconstrução civil, mas ele também acredita que é preciso usar a força militar para lidar com os radicais que querem atrapalhar essa reconstrução.

Ahmadinejad: Nesse momento, digo para você que a nova política de Obama está errada. Os americanos não têm familiaridade com a região, e a percepção dos comandantes da Otan está equivocada. Digo isso na condição de um professor treinado: isso está errado. Pelo menos no que diz respeito aos US$ 250 bilhões - se o dinheiro tivesse sido gasto nos EUA, talvez tivesse resolvido o problema do desemprego, pelo menos em parte. E talvez hoje não houvesse crise econômica.

Spiegel: O senhor está seriamente insistindo que os EUA se retirem da região?

Ahmadinejad: É preciso ter um plano, é claro. Uma retirada só pode ser feita com várias medidas. É preciso que seja acompanhada por outras ações simultâneas, como um fortalecimento do governo regional. Você sabe que a produção de narcóticos cresceu cinco vezes durante o comando da Otan no Afeganistão? Narcóticos! Isso mata gente. Perdemos mais de 3.300 pessoas na guerra contra o tráfico de drogas. Nossa força policial se sacrificou ao defender nossa fronteira de mil quilômetros com o Afeganistão.

Spiegel: O Irã sempre se opôs ao Taleban. Mas o retorno deles ao poder não pode ser evitado sem a força militar.

Ahmadinejad: O poder deve ser dado ao povo. Isso requer ajuda econômica, além de um processo político claro. O governo afegão deveria ter recebido mais responsabilidade nos últimos sete anos. O presidente Hamid Karzai disse para mim uma vez: eles não permitem que façamos nosso trabalho.

Spiegel: Todos, incluindo os americanos, enfatizam que as pessoas precisam ser respeitadas. Obama e a Otan concordaram com uma lista abrangente de medidas para o Afeganistão e estão contando com o apoio do Irã a essas medidas, em prol de um Afeganistão estável. O senhor tem a intenção de recusar qualquer cooperação?

Ahmadinejad: Acredito que o caminho diplomático seja a abordagem correta para avaliar uma opção como essa. Vocês são jornalistas, não representantes da Otan, é por isso que não vou explicar minha posição em relação a isso. Se recebermos um pedido por meio dos canais diplomáticos, responderemos.

Spiegel: Mas alguns políticos em Teerã temem o contato com os EUA. De acordo com oficiais norte-americanos, o vice-ministro de exterior do Irã, Mohammed Mehdi Ahundzadeh, cumprimentou o enviado especial dos EUA Richard Holbrooke na conferência sobre o Afeganistão em Haia na semana passada, mas depois o ministro de exterior negou veementemente o encontro. Como podemos confiar em sua disposição para cooperar se um inofensivo aperto de mão representa um problema para vocês?

Ahmadinejad: Não acho que isso seja de fato relevante. Um aperto de mão, uma gentileza, isso não é um problema a meu ver.

Spiegel: O senhor está minimizando o fato. Mas talvez haja mais coisas por trás de um aperto de mão que causem tumulto. Talvez seja um símbolo de quão profunda é a rixa entre Teerã e Washington - e do fato de que vocês estão de fato indispostos a se acertar com seu favorito arqui-inimigo.

Ahmadinejad: Naturalmente, não podemos esperar que problemas que surgiram durante mais de meio século sejam resolvidos em apenas alguns dias. Não somos obstinados nem ingênuos. Somos realistas. O importante é a determinação de fazer melhorias. Se a atmosfera muda, é possível encontrar soluções.

Spiegel: O senhor, assim como os americanos, faz uma distinção entre o Taleban incorrigível que deve ser combatido, e o Taleban moderado, com o qual é possível manter um diálogo?

Ahmadinejad: Eu não me aventuraria a um veredicto conclusivo sobre esse aspecto. Eu não sei o que isso significa. Não se esqueça, o povo afegão tem laços históricos estreitos com o Irã. Mais de três milhões de cidadãos afegãos vivem no nosso país. E como também somos amigáveis com os alemães, eu repito: uma presença militar mais forte não é a solução.

Spiegel: O senhor está preocupado com os soldados alemães no Afeganistão?

Ahmadinejad: Nós também gostamos dos alemães. Estamos preocupados.

Spiegel: E ainda assim o senhor ignora as consequências.

Ahmadinejad: Não. Se algo nos é explicado de uma maneira lógica, nós aceitamos. Nós negociamos com os americanos no Iraque, ainda que isso fosse contra o nosso princípio básico de não falar com os americanos. Fizemos isso por causa do problema em questão, dentro do contexto da lógica clara.

Spiegel: Se as tropas americanas se retirarem do Iraque, a situação de segurança provavelmente irá se deteriorar dramaticamente. Vocês irão preencher o vácuo de poder no vizinho Iraque, onde seus colegas xiitas somam dois terços da população? Vocês defendem o estabelecimento de uma teocracia, uma República Islâmica do Iraque?

Ahmadinejad: Acreditamos que o povo iraquiano é capaz de cuidar de sua própria segurança. O povo iraquiano tem uma civilização com mais de mil anos de história. Nós apoiaremos o que quer que os iraquianos decidam fazer e qualquer forma de governo que escolherem. Um Iraque soberano, unido e forte é benéfico para todos. Nós receberíamos bem isso.

Spiegel: Os serviços de inteligência americanos concluíram que Teerã desempenha um papel totalmente diferente no Iraque. A CIA alega que o Irã está incitando a resistência às tropas através das milícias xiitas.

Ahmadinejad: Não prestamos atenção aos relatórios dos serviços de inteligência americanos. Os americanos ocuparam o Iraque e são responsáveis por sua segurança. No passado, eles quiseram desviar a atenção de seus próprios erros culpando-nos pela agitação. Eles precisam corrigir os próprios erros. As coisas melhoraram para os americanos desde que eles reconheceram isso e começaram a respeitar o povo iraquiano. Nossas relações com Bagdá são muito próximas. Nós apoiamos totalmente o governo iraquiano. Como sempre, nossas políticas são totalmente transparentes.

Spiegel: O senhor se opõe às nações mais importantes do mundo em um dos principais conflitos internacionais. O Irã é altamente suspeito de construir uma bomba nuclear sob o pretexto de realizar pesquisas civis. Apenas recentemente, o presidente Obama alertou quanto a esse perigo real durante visita à Europa. Existem quatro resoluções da ONU pedindo que o Irã pare com suas atividades de enriquecimento de urânio. Porque o senhor não atende a esses pedidos de uma vez por todas?

Ahmadinejad: O que você quer dizer com isso?

Spiegel: Presidente, queremos dizer que o mundo está esperando um sinal de vocês, que estamos esperando um sinal. Por que o senhor não suspende o enriquecimento de urânio, pelo menos temporariamente, estabelecendo assim o alicerce para o começo de negociações sérias?

Ahmadinejad: Essas discussões estão ultrapassadas. O tempo para isso já foi. Os 118 membros do Movimento Não-Alinhado nos apoiam unanimemente, assim como os 57 Estados membros da Organização da Conferência Islâmica. Se eliminarmos a duplicação entre os dois grupos, temos 125 países que estão ao nosso lado. Se poucos países se opõem a nós, você certamente não pode afirmar que é o mundo inteiro.

Spiegel: Estamos falando da Europa e dos Estados Unidos, não somos apenas um político que quer se encontrar com o senhor. Políticos italianos experientes o evitaram na conferência da ONU em Roma no ano passado.

Ahmadinejad: Nós vemos isso também, é claro. Mas estamos dizendo que a Europa não é o mundo inteiro. Por que você acredita nisso? Além do mais, eu nem mesmo queria encontrar os políticos italianos.

Spiegel: Mesmo que o senhor se recuse a acreditar, o organismo internacional mais importante, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, quase que por unanimidade se opõe ao senhor. Não apenas as potências do Ocidente, mas também a China e a Rússia já aprovaram sanções contra o Irã.

Ahmadinejad: Permita-me esclarecer as coisas, tanto legalmente quanto politicamente. Pelo menos dez membros do Conselho de Segurança da ONU...

Spiegel: ... que inclui, além dos membros permanentes, os EUA, a Rússia, a Grã-Bretanha, França e China, dez representantes eleitos com base num princípio de rotatividade...

Ahmadinejad: ... diseram-nos que só votaram contra nós por causa da pressão americana e britânica. Muitos disseram isso nesta mesma sala. Qual é o valor de um consentimento sob pressão? Consideramos que isso seja legalmente irrelevante. Falando politicamente, acreditamos que este não seja o jeito certo de administrar o mundo. Todos os povos precisam ser respeitados, e precisam ter os mesmos direitos garantidos.

Spiegel: Que direito tem o Irã de se sentir excluído?

Ahmadinejad: Se uma tecnologia é benéfica, todos deveriam tê-la. Se não é, ninguém deveria. Como pode os Estados Unidos terem 5.400 ogivas nucleares e a Alemanha não ter nenhuma? E nós não podemos nem mesmo buscar o uso pacífico da energia nuclear? Nossa lógica é totalmente clara: direitos iguais para todos. A composição do Conselho de Segurança e o veto de seus membros permanentes são consequências da 2ª Guerra Mundial, que terminou há 60 anos. As potências vitoriosas devem continuar dominando a humanidade para sempre, elas devem constituir o governo do mundo? A composição do Conselho de Segurança deve ser mudada.

Spiegel: O senhor se refere à Índia, Alemanha, África do Sul? O Irã também deveria ser um membro permanente do Conselho de Segurança?

Ahmadinejad: Se as coisas fossem feitas com justiça no mundo, o Irã também teria de ser um membro do Conselho de Segurança. Nós não aceitamos a ideia de que um punhado de países veja a si mesmo como os donos do mundo. Eles deveriam abrir os olhos e reconhecer as condições reais.

Spiegel: Essas condições reais incluem sua recusa em abandonar o programa nuclear apesar da pressão internacional. Isso significa que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seu diretor geral, Mohamed El-Baradei, pode desistir da tarefa de estabelecer negociações com o Irã? O enriquecimento do urânio não será interrompido sob nenhuma circunstância?

Ahmadinejad: Acredito que eles já chegaram a essa conclusão em Vienna. Por que nos tornamos um membro da AIEA? Para que pudéssemos usar a energia para fins pacíficos. Quando um país se torna membro de uma organização internacional, ele só tem deveres, ou também tem direitos? Que assistência recebemos da AIEA? Ela nos forneceu alguma tecnologia ou conhecimento? Não. Mas de acordo com seus estatutos, ela teria de fazer isso. Mas não, simplesmente executou as instruções vindas dos Estados Unidos.

Spiegel: Com todo o respeito, presidente, o Irã escondeu, enganou e deu informações falsas, o que levantou as suspeitas do mundo todo. Infelizmente, a suspeita de que o senhor está abusando de seus direitos e desenvolvendo uma bomba secretamente não foi até agora descartada.

Ahmadinejad: Onde é que nós enganamos? Essa é uma grande mentira! Nós cooperamos com a Agência de Energia Atômica. E além disso, a AIEA não foi fundada para que as potências nucleares se desarmassem? Onde estão os relatórios que documentam quem foi desarmado, e em que extensão? Isso simplesmente não aconteceu. Estamos preocupados, e profundamente desconfiados.

Spiegel: O mundo não confia no senhor, e a maior preocupação do mundo é de que o senhor esteja construindo a bomba, porque se sente cercado de potências nucleares, os Estados Unidos, a Índia e o Paquistão, e não porque Israel possui a bomba.

Ahmadinejad: Não temos interesse em construir uma arma nuclear. Nós enviamos milhares de páginas de relatórios à AIEA e possibilitamos milhares de horas de inspeção. Câmeras da AIEA monitoram nossas atividades. Quem é perigoso, e de quem os inspetores deveriam desconfiar? Daqueles que secretamente construíram a bomba, ou de nós, que cooperamos com a IAEA?

Spiegel: Certamente não se pode falar de uma vontade genuína de cooperar de sua parte. O diretor geral El-Baradei disse isso repetidas vezes em nossas conversas e isso também está documentado em relatórios públicos da AIEA.

Ahmadinejad: Permita-me fazer duas observações finais em relação a essa questão nuclear. Primeiro, enquanto não houver justiça, não poderá haver solução. Não é possível medir o mundo com dois parâmetros - esse foi o grande erro de Bush. Os americanos não deveriam cometer o mesmo erro novamente. Nós dizemos: estamos dispostos a cooperar sob condições justas. As mesmas condições, e num campo nivelado. A segunda observação diz respeito aos defensores da guerra e aos sionistas...

Spiegel: ... seu eterno inimigo de conveniência...

Ahmadinejad: ... cuja existência se alimenta da tensão e que enriqueceram com a guerra. E há também um terceiro grupo, os intolerantes, aqueles que estão interessados apenas no poder. O maior problema de Obama é a política interna. Por um lado, os EUA precisam do Irã e devem se realinhar de uma nova maneira. Por outro lado, o novo presidente dos EUA está sob pressão desses grupos. Decisões corajosas são necessárias, e a bola está na quadra de Obama.

Spiegel: Até recentemente, suas visões sobre os EUA incluíam a convicção de que um homem negro jamais pudesse ser presidente dos Estados Unidos. É possível que o senhor tenha uma imagem equivocada e totalmente distorcida dos EUA?

Ahmadinejad: Não, não foi assim como você descreveu. Esperamos que as mudanças na política americana tenham uma natureza fundamental, e que muito mais tenha mudado além da cor. E que a política americana seja mais justa, para o benefício da África, Ásia e, principalmente, do Oriente Médio.

Spiegel: O senhor se tornou um dos jogadores políticos mais importantes na região porque se tornou um defensor da causa palestina.

Ahmadinejad: Estamos defendendo mais do que os direitos básicos dos palestinos oprimidos. Nossa proposta para resolver os conflitos no Oriente Médio é de que os palestinos possam decidir seu próprio futuro num referendo livre. Você acha que é certo que alguns países europeus e os Estados Unidos apoiem o regime de ocupação e o Estado sionista artificial, mas condenem o Irã, simplesmente porque estamos defendendo os direitos do povo palestino?

Spiegel: Você está falando de Israel, um membro das Nações Unidas que foi reconhecido mundialmente há muitas décadas. O que o senhor faria se a maioria dos palestinos votassem por uma solução de dois Estados, ou seja, se eles reconhecessem o direito de existir de Israel?

Ahmadinejad: Se eles decidissem assim, todos deveriam aceitar essa decisão...

Spiegel: ... e o senhor teria de reconhecer Israel, um país que, no passado, o senhor disse que gostaria de "varrer do mapa". Por favor nos diga exatamente o que o senhor falou e qual o significado disso.

Ahmadinejad: Deixe-me colocar assim, em tom de brincadeira: por que os alemães causaram tanta confusão no passado, permitindo que esses problemas surgissem, antes de mais nada? O regime sionista é resultado da 2ª Guerra Mundial. O que isso tem a ver com o povo palestino? Ou com a região do Oriente Médio? Acredito que devemos chegar à raiz do problema. Se não consideramos as causas, não pode haver solução.

Spiegel: Chegar à raiz do problema significa varrer Israel?

Ahmadinejad: Significa exigir os direitos do povo palestino. Acredito que isso seja para o benefício de todos, para o dos EUA, Europa e Alemanha. Mas não queríamos discutir a Alemanha e as relações entre a Alemanha e o Irã?

Spiegel: É sobre isso que estamos falando. O fato de que o senhor nega o direito de existir de Israel é muito importante para as relações entre a Alemanha e o Irã.

Ahmadinejad: Você acredita que o povo alemão apoia o regime sionista? Você acredita que poderia haver um referendo na Alemanha sobre essa questão? Se permitissem que um referendo assim existisse, você descobriria que o povo alemão odeia o regime sionista.

Spiegel: Estamos confiantes que não é esse o caso.

Ahmadinejad: Não acredito que os países europeus seriam tão indulgentes se apenas um centésimo dos crimes que o regime sionista cometeu em Gaza tivesse acontecido na Europa. Por que os governos europeus apoiam esse regime? Eu já tentei explicar isso para você antes...

Spiegel: ... quando discutimos sobre sua negação do Holocausto há três anos. Depois da entrevista, enviamos um filme da Spiegel TV sobre o extermínio de judeus durante o Terceiro Reich. O senhor recebeu o DVD sobre o Holocausto, chegou a assisti-lo?

Ahmadinejad: Sim, recebi o DVD. Não não quis responder a vocês sobre esse assunto. Acho que a controvérsia sobre o Holocausto não é um assunto para o povo alemão. O problema é mais profundo do que isso. A propósito, obrigado novamente por virem. Vocês são alemães, e tenho os alemães em alta conta.

Spiegel: O senhor tem alguma mensagem para o governo alemão?

Ahmadinejad: Enviei uma carta para a chanceler Merkel há três anos, na qual eu enfatizava a importância de nossas relações históricas, culturais e econômicas e pedia para a Alemanha exercitar uma maior independência.

Spiegel: O Irã terá eleições presidenciais em 12 de junho. O senhor é considerado o favorito. Acha que vai vencer?

Ahmadinejad: Vamos ver o que acontece. Nove semanas é muito tempo. Em nosso país, não há vencedores e, portanto, não há verdadeiros perdedores.

Spiegel: Se o senhor for reeleito, será o primeiro presidente da República Islâmica do Irã a apertar a mão de um presidente norte-americano?

Ahmadinejad: O que você quer dizer?

Spiegel: Senhor presidente, obrigado pela entrevista.

Fonte: UOL